NÃO ME CHAMES NOMES!

NÃO ME CHAMES NOMES!  <br/><br/>

A minha mãe costumava contar uma anedota, a qual ouvi dezenas de vezes e que hoje me veio à memória. Era mais ou menos isto: Havia um homem que se chamava Joaquim Infeliz (na anedota da minha mãe este último nome era outro, mas o decoro fez-me mudá-lo neste texto). E o homem vivia realmente infeliz com o nome que tinha, passando toda a infância e juventude a ouvir as pessoas a chamarem-lhe assim. Quando atingiu a maioridade, o homem decidiu mudar de nome. No registo explicou a razão do porquê desse desejo: - Chamo-me Joaquim Infeliz. - Perante este facto, teve de imediato a compreensão da funcionária: - Muito bem. Qual é o novo nome que quer adotar? - o homem sorriu e, aliviado, disse: - António Infeliz. Esta anedota veio-me à memória a propósito do trabalho desenvolvido, aqui na Lionsout, para uma empresa produtora de mel que acabou de entrar no mercado. Esta empresa, detentora da marca M'EL REI, teve a visão estratégica relativamente à importância do Naming. Por curiosidade, fui consultar os nomes que estavam disponíveis para registo no site da Empresa na Hora. Encontrei uma "Alicianteláxia", algo que, se calhar, seria ótimo para "Agregarcritérios", ou para, depois de avaliar a "Característicoval" da nova empresa, fazer o "Calculus Neptune". Com uma "Vertentinerante" decidi "Voltar ao Acaso" para a busca de outros nomes. Foi com uma "Delivertigem" que descobri um "Dominantódromo". Depois deste "Delirantensaio" tive um "Desabafo Curioso": "se isto não é parecido com a anedota da minha mãe, não sei o que é."

Se vai começar uma empresa, então comece bem. E isso é, desde logo, pensar no Naming e imagem corporativa da empresa. Um bom plano e uma estratégia de Branding podem ajudar na tarefa. Na atribuição do Naming, deve-se ter em conta a relação deste com o negócio a desenvolver ou a personalidade e posicionamento da marca no mercado. Os valores da empresa também devem estar, subliminarmente, "dentro" do nome.
A sonoridade é também vital na escolha. Consegue imaginar-se a dizer, por telefone, ao cliente algum dos nomes que referi atrás, como exemplo?Um dos erros muito comuns é a escolha feita pelo gosto do empresário. Muitas das vezes, essa escolha feita por critérios emocionais e afetivos do empreendedor, não foi pensada do ponto de vista correto. A atribuição do Naming deve ser feita a pensar no consumidor."Não me chames nomes, chama-me antes aquilo que sou." Esta poderia ser a moral (se é que existe moral em piadas) da anedota da minha mãe. E na sua empresa, que "nome" tem o seu negócio?